Lareira acesa mas em segurança

Os Bombeiros Voluntários de Guimarães lembra que não é apenas inadequado, mas altamente inseguro queimar papel de embrulho e outros resíduos como caixas de embrulhos, enfeites, prendas em lareiras domésticas ou recuperadores de calor.

A maioria dos recuperadores são projectados para usar gás natural ou lenha seca a fim de criar um pequeno fogo decorativo que reforça a atmosfera.

Tentativas de queimar objectos impróprios, tais como madeira serrada da construção civil ou paletes, bocados de vegetação ou mesmo de uma árvore podem criar um fogo muito grande e quente, que prejudica a lareira e a chaminé, onde ainda repentinamente, se pode tornar um incêndio incontrolável.

Pouco se fala deste pormenor, mas muitos dos objectos impróprios queimados nas lareiras, ao formarem cinzas ou brasas podem ser arrastados pela ventilação da mesma e na saída para o exterior podem voltar a incendiar-se.

Devido a algumas propriedades de resistência que lhes foram aplicadas em tempo de vida, mantêm-se a arder e podem ficar alojados em telhados, beirais, varandas ou mesmo sótãos, colocando em risco a habitação em caso de propagação aos combustíveis adjacentes.

Esta última situação é vivida diariamente em bairros onde a construção é quase toda à base de madeira.

É comum ainda, dezenas de emergências médicas no pré-hospitalar com sintomas associados a distúrbios do mecanismo respiratório, atáxias e sinais de intoxicações.

Ao queimar tábuas, paletes, madeira proveniente da construção civil, pode acontecer a libertação de gases altamente tóxicos, que embora encaminhados para as chaminés saturam as atmosferas familiares de uma forma muito violenta e rápida.

Os Bombeiros Voluntários de Guimarães aconselha, muito cuidado com o uso do fogo, respeite as regras de segurança dos equipamentos que está a usar.

Se notar cheiros estranhos, calor em demasia, atmosferas saturadas de fumo ou gases voláteis, ventile o espaço sempre no sentido interno para externo, não abra as janelas a favor do vento, só em caso estritamente necessário.

Se notar que um familiar que está à algum tempo ao lado de um braseiro se encontra, apático, diminuição da reacção psicológica e motora, falta de força, movimentos fracos e descoordenados, ou ficou repentinamente com comportamentos bizarros, deve de desconfiar de intoxicação por gases provenientes da combustão.

Ventile o espaço, peça ajuda através do 112 ou 253 515 444.


Fonte: Safeplace 52

Correcta utilização de Escadas e Escadotes nas vindimas

Durante a época das vindimas, os bombeiros registam sempre um aumento de quedas em altura devido à má utilização dos escadotes e também devido a algum desleixo no cumprimento de algumas regras de segurança.

Para um correcto manuseio e manutenção das escadas e escadotes, os Bombeiros Voluntários de Guimarães aconselham:

Correcta colocação de uma escada

– As escadas e os escadotes devem ter as seguintes características: solidez, robustez, degraus solidamente fixos aos prumos e igualmente distanciados.
– Ao colocar a escada deve-se ter em consideração:

O pavimento: deve ser estável, plano, horizontal, resistente e antideslizante (nunca assentar uma escada em cima de caixas, tijolos, etc.).
– A estrutura de apoio: deve ser sólida e encontrar-se fixa.
– O ângulo de inclinação (no caso das escadas simples de mão): não deve estar muito inclinada (pode deslizar) nem muito direita (pode cair para trás); o ângulo de inclinação deve-se situar entre os 65º e os 75º.
– O ponto de apoio (no caso das escadas simples de mão): as escadas devem passar em pelo menos 1 metro o limite superior que se pretende alcançar.

– Dotar as escadas de sistemas de apoio e fixação adequados ao piso e local onde vão ser utilizadas.
– Colocar a escada o mais próximo possível dos objectos ou locais a alcançar. Nunca forçar a postura esticando-se ou deslocando o corpo lateralmente sobre a escada.
– Utilizar escadas com dimensões adequadas ao trabalho ao local onde vai ser utilizada.
– Nunca utilizar as escadas em dias muito ventosos nem para transportar objectos, ferramentas ou materiais.
– Nunca colocar uma escada em frente a uma porta, excepto se esta estiver bloqueada ou vigiada.
– Delimitar e sinalizar o local onde a escada está a ser utilizada (principalmente se for uma zona de passagem).

Degrau em mau estado de conservação

– Fazer uma inspecção visual à escada antes da sua utilização. Verificar se se encontra em bom estado (degraus e estrutura não danificada ou partida).
– Ao utilizar uma escada centrar o corpo no meio da escada, subir e descer de frente para a escada utilizando as mãos para auxiliar os movimentos).
– Nunca transportar ferramentas ou objectos soltos ou nas mãos enquanto se sobe uma escada. Utilizar porta – ferramentas ou bolsas próprias.
– Só deve permanecer na escada uma pessoa de cada vez.
– Evitar transpor os últimos 3 degraus (em escadas simples) ou subir ao último degrau (em escadas duplas).
– As escadas duplas nunca devem ser utilizadas como escadas simples (deslizam!).
– Sempre que seja necessário utilizar uma escada perto de linhas de tensão utilizar escadas de madeira ou fibra de vidro. Nunca trabalhar com escadas metálicas.
– Manter os degraus das escadas limpos de gorduras e sujidades.
– As duas partes dos escadotes devem ser mantidas por cordões ou barras sólidas e devem-se encontrar bem fixas.
– Manter as escadas em bom estado de conservação:

– Escadas de madeira: devem ser guardadas em locais ao abrigo das condições climatéricas, inspeccionadas periodicamente (por exemplo, se existe corrosão nos elementos metálicos) e ser cobertas unicamente com óleos ou vernizes transparentes.
– Escadas metálicas: as que não sejam de material inoxidável devem ser cobertas com uma tinta que as proteja da corrosão. Qualquer defeito na estrutura, nos degraus, etc., nunca deve ser reparado, soldado ou remediado.

– Os prumos e os degraus das escadas partidos não devem ser reparados.
– Nunca se devem fixar os degraus ou prumos das escadas com pregos, parafusos ou elementos similares.
– Nunca improvisar cordões ou fios em escadas duplas ou escadotes danificados.

Escada dupla em mau estado de conservação e de utilização perigosa

Fonte – http://negocios.maiadigital.pt/hst/sector_actividade/agro_pecuaria/folder.0005/document.0008